Patty Leone

Mais sobre o cruzeiro Iberostar Grand Amazon

Um Brasil diferente: no Iberostar Grand Amazon temos comidas típicas, passeios históricos e aventuras de tirar o fôlego.

Em três dias de cruzeiro no grandioso Iberostar Grand Amazon, e não pude deixar de notar que somos muitas! Muitas sensações, muitas experiências e emoções, todas de uma beleza natural estonteante e com certeza inesquecível. 

Embarquei no Iberostar Grand Amazon para um passeio intenso pelo rio Solimões – como é conhecida a parte superior do rio Amazonas. Descobri que essa é uma das maneiras mais confortáveis de visitar a mata amazônica e apesar de ter muitos passeios, ainda é a opção mais leve no sentido de aventura.

Como chegar?

É possível chegar a Manaus de diversas formas dependendo da sua localidade, entretanto para quem sai de São Paulo, o voo dura 4 horas e custa cerca de 400 reais.

Chegando no porto de Manaus, você pode se sentir intimidado, mas um funcionário do Iberostar, usando crachá, estará ali para indicar o carregador (também identificado) que vai levar suas malas e acompanhar você até o barco para o embarque.

O embarque acontece e ao chegar, o buffet do lanche da tarde estará servido no convés. Todos dizem e repito, contemple o sol se pôr por trás da nova ponte sobre o Rio Negro.

salada de frutas decoradas
Frutas típicas da Amazônas (Foto: Patty Leone)

Como é o navio do Iberostar Grand Amazon?

O Iberostar Grand Amazon é um intermediário entre as embarcações regionais amazônicas e os grandes navios de cruzeiro. Construído especialmente para este percurso, e em operação desde 2005, o cruzeiro conta com 75 cabines, e transporta no máximo 150 passageiros.

Colagem do navio Iberostar (Foto: Patty Leone)

Entretanto, espaço é o que não falta nas cabines, além do conforto: todas são externas, têm varanda, armário e banheiro amplos e ar condicionado split; a TV, pequena, pega dois canais abertos (Globo e Bandeirantes) e passa filmes e programas da BBC nos demais canais em circuito fechado.

As refeições são servidas no bufê e restaurante, sempre com pratos típicos e há sucos de frutas amazônicas no café da manhã, além de sorvetes exóticos ne sobremesa. Bebidas, até mesmo as alcoólicas (peça o espumante!), também fazem parte do sistema all-inclusive.

Natureza amazônica no Iberostar Grand Amazon

As atividades são oferecidas pelo navio e você pode se inscrever um dia antes nas que gostaria de fazer. Dentre elas estão os tours guiados, com direito a explicação e observação da vida animal amazonense, como o que fiz na primeira noite, em um passeio noturno que dava para ver e pegar em jacarés.  

De dia fizemos uma visita interessante a casa de uma família cabocla. Barquinhos foram distribuídos e lá vamos nós navegar por cerca de uma hora pelas águas do rio. Quem nos recebe é um casal muito simpático, tudo é muito simples e arrumado, a mesa posta para o café, onde podemos provar cupuaçu, torta de banana da terra e ver a farinha grossa que acompanha o peixe o famoso açaí – que nada tem haver com aquele industrial que comemos em São Paulo.

Conheci também a horta da família e a casa de farinha, onde eles produzem a sua própria farinha de mandioca, tapioca. Se as comidas daqui estavam cada vez mais típicas, imagine só que a próxima parada será uma comunidade indígena. 

Nessa parada, fiz amizade com uma garotinha indígena que me explicou mais sobre sua cultura e tradições, a adorável Yara. Ainda nessa atividade, me aventurei a deixar Yara fazer pinturas no meu rosto, ela usou carvão, e a semente de urucum macerada com água, uma tradição amazonense.

Amizades amazonenses (Foto: Patty Leone)

O segundo passo foi olhar para os pratos, a ideia era comer uma proteína de larva, um bichinho chamado muxiba e uma formiga das grandes, ambos bem servidos e tostadinhos na brasa.

Outro passeio que fizemos foi a caminhada na selva, onde aprendemos sobre a idade das árvores, as formas de pegar frutas e encontrar materiais para artesanato. Uma dica importante: vá de branco, de preferência uma camisa fechada, a ideia é que ela repele os mosquitos.

Nadei ou não nadei com botos cor-de-rosa? Com a companhia de um instrutor contratado pelo Iberostar Grand Amazon, entramos no rio, em uma parte mais rasa dele e esperamos com iscas de peixinhos os botos aparecerem, calma, não é como se fosse ele fosse vir do nada como um tubarão, os bichinhos são lindos e extremamente dóceis. E o mais legal, não estão em cativeiro, vem por livre espontânea vontade dar um oi.

Nadando com boto cor-de-rosa (Foto: Patty Leone)

Assim como a atividade que consiste em pescar inimigas que vem de forma espontânea! Opam inimigas não, piranhas! Esse passeio é para quem aprecia uma boa e velha pescaria, colocamos um pedacinho de isca de carne no anzol e com muita paciência é possível fisgar alguma.

Um dos últimos passeios, foi a visita ao Janauary, um lago onde podemos ver e aprender mais sobre a vida das vitórias régias. Fiquei chocada ao saber que ela nasce branca, amanhece seu segundo dia de vida rosa, no terceiro já está roxeada e no quarto se vai… Uma vida curta e incrível de ser analisada.

Eu e meu marido no Janauary (Foto: Patty Leone)

O que fazer na cidade de Manaus?

Um dos passeios é aquele roteirinho onde vemos o melhor do turismo de uma Manaus histórica. Só o Teatro Amazonas merece duas visitas: uma para fazer o tour guiado (R$ 7,50, última saída às 17h) e a outra à noite, para assistir a um espetáculo (compre na bilheteria). Lá vi um brasil que ainda não conhecemos, uma arquitetura de tirar o folego, construída em 1896, bem conservada. 

Quase todas as atrações do Centro estão ao redor da praça do teatro. O belíssimo Palácio da Justiça fica nos fundos; uma quadra adiante você visita o singelo solar onde morou Eduardo Ribeiro, o governador que concluiu o Teatro Amazonas e fez as obras que tornaram Manaus a Paris dos trópicos.

Dentro de 11 minutos a pé, chegamos ao restaurante Amazônico, autêntico, saboroso e extremamente rápido para servir, ideal para o estômago dos turistas. Foi onde pedi um tampaqui grelhado na brasa, antes que cometam o mesmo erro, o peixe serve mais de uma pessoa tranquilamente.

Ainda próximo a essa mesma área é possível fazer comprinhas com calma na Galeria Amazônica, que tem uma seleção fantástica de peças de artesanato indígena com origem detalhada – e preços que não espantam.

Falando com comprinhas, nesse mesmo centro também podemos conhecer o Mercado Municipal da cidade, onde vi de tudo um pouco, até uma garrafa com misturas de ervas e a promessa de sarar todas as suas dores por 20 reais.

O Brasil é incrível, vale a pena conhecer mais sobre o nosso país antes de explorarmos fora dele.

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